Aperfei\u00e7oar modelo de gest\u00e3o, formar l\u00edderes inspiradores e abandonar pol\u00edticas das desculpas e focar na solu\u00e7\u00e3o dos problemas \u00e9 o caminho para empresas se adaptarem ao cen\u00e1rio atual<\/h2>\n\n\n

A digitaliza\u00e7\u00e3o cada vez maior dos processos e rotinas trouxe mudan\u00e7as para a gest\u00e3o corporativa. O investimento em tecnologia e inova\u00e7\u00e3o, as din\u00e2micas online e a incorpora\u00e7\u00e3o do home office deixaram de ser tend\u00eancia se tornaram realidade. <\/p>\n\n\n\n

Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JVal\u00e9rio Gest\u00e3o e Desenvolvimento, comenta que as transforma\u00e7\u00f5es constantes e abruptas na sociedade atingiram as organiza\u00e7\u00f5es. Grande parte das empresas tiveram que pensar em uma reconfigura\u00e7\u00e3o de espa\u00e7os f\u00edsicos, adotar a flexibilidade para colocar em pr\u00e1tica novas formas de trabalho e buscar continuamente a inova\u00e7\u00e3o. \u201cQuem conseguir fazer uma leitura r\u00e1pida do novo cen\u00e1rio e reagir \u00e0s mudan\u00e7as se sa\u00edra melhor\u201d, afirma.<\/p>\n\n\n\n

O mundo vol\u00e1til foi a pauta da s\u00e9rie de podcasts da JVal\u00e9rio. Dessa vez, quem bateu um papo com o Clodoaldo Oliveira foi Mauro Pumar, especialista em gest\u00e3o estrat\u00e9gica e professor associado da Funda\u00e7\u00e3o Dom Cabral (FDC). <\/p>\n\n\n\n

A primeira indaga\u00e7\u00e3o feita pelo diretor executivo da JVal\u00e9rio Gest\u00e3o e Desenvolvimento diz respeito \u00e0s mudan\u00e7as no comportamento do consumidor, do mercado e dos neg\u00f3cios em geral. Como lidar com um cen\u00e1rio t\u00e3o complexo? <\/p>\n\n\n\n

Para Mauro Pumar, as mudan\u00e7as nos \u00faltimos anos impactaram as empresas muito al\u00e9m do processo de vendas. E para que o departamento comercial caminhe bem, \u00e9 necess\u00e1rio revisar continuamente o modelo de gest\u00e3o. \u201cTemos v\u00e1rios players de mercado que influenciam o processo de vendas. Nos preocupamos com o canal, o e-commerce, o distribuidor, o shopper. Quando vamos desenhar a persona do cliente e analisar quem a marca atende compreendemos a complexidade das transforma\u00e7\u00f5es. O problema maior \u00e9 o dinamismo da mudan\u00e7a. Quando evolu\u00edmos e conseguimos implantar, tudo isso j\u00e1 mudou. E isso requer um novo modelo de gest\u00e3o, mais \u00e1gil e mais antenada com esse cen\u00e1rio t\u00e3o din\u00e2mico e que veio para ficar\u201d, diz.<\/p>\n\n\n\n

O novo conceito de felicidade<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Apesar da diversidade da natureza humana \u00e9 poss\u00edvel encontrar elementos comuns e que se identificam com os valores de grande parte dos habitantes do planeta Terra. O novo padr\u00e3o de felicidade \u00e9 uma delas. <\/p>\n\n\n\n

 Antigamente, o trabalho era algo ligado simplesmente ao sustento e estava deslocado da ideia de satisfa\u00e7\u00e3o ou bem-estar. Mas essa vis\u00e3o n\u00e3o resistiu \u00e0 sociedade moderna. \u201cHoje, ser feliz significa buscar prazer no que faz.  Mesmo porque, na melhor das hip\u00f3teses, passamos 5\/7 da semana trabalhando. E a busca da felicidade passa pelo trabalho\u201d, comenta o professor associado da FDC. <\/p>\n\n\n\n

Ele acrescenta que o estado permanente de contentamento e bem-estar est\u00e1 relacionado ao prop\u00f3sito. Hoje, as pessoas se questionam: o que estou fazendo para a humanidade se transformar em algo melhor? \u201cIsso me d\u00e1 prazer. Me olho como educador e fico feliz em estar educando, sempre na cren\u00e7a de que vamos transformar algu\u00e9m. Essa \u00e9 a ideia do prop\u00f3sito. A busca da felicidade movimenta e pega aquela pessoa com foco nos interesses individuais e a coloca em colabora\u00e7\u00e3o com os interesses coletivos. Esse \u00e9 o caminho que as empresas precisam percorrer para gerar nos seus colaboradores a sensa\u00e7\u00e3o de felicidade e pertencimento a uma causa no ambiente do trabalho\u201d, aconselha Pumar. <\/p>\n\n\n\n

Manter acesa a chama da paix\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\u00c9 f\u00e1cil acender o fogo, mas mant\u00ea-lo aceso \u00e9 algo desafiador. Aquela sensa\u00e7\u00e3o de paix\u00e3o que buscamos nos relacionamentos amorosos \u00e9 uma boa met\u00e1fora para o mundo corporativo. Quando se casam, as pessoas t\u00eam uma vis\u00e3o de mundo e, com o amadurecimento, v\u00e3o se tornando indiv\u00edduos diferentes, com novas opini\u00f5es e comportamentos. E para que vivam felizes para sempre, como nos contos de fadas, os casais precisam estar alinhados nestas mudan\u00e7as e se permitirem apaixonar-se v\u00e1rias vezes pelo mesmo par. \u00c9 isso que faz a chama do amor ficar acesa. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO exemplo do casamento vale para o relacionamento com a equipe. Essa rela\u00e7\u00e3o de paix\u00e3o precisa ser mantida a cada dia. Recomendo a leitura do livro \u201cMomento da verdade\u201d, que nos faz refletir se voc\u00ea simplesmente publicou um documento na empresa sobre o prop\u00f3sito ou se, realmente, consegue alimentar essa fome do colaborador, de contribuir com a transforma\u00e7\u00e3o do mundo num lugar melhor no dia a dia. Se conseguir alimentar esse sentimento no longo prazo, ir\u00e1 conseguir construir rela\u00e7\u00f5es duradouras\u201d, pontua Mauro Pumar. <\/p>\n\n\n\n

Lideran\u00e7as oficiais e naturais <\/strong><\/p>\n\n\n\n

Tirar o jogador do banco de reserva e cham\u00e1-lo para a partida: \u00e9 assim que as lideran\u00e7as oficiais conseguem disseminar suas ideias em campo, com o suporte do suposto capit\u00e3o, aquela pessoa que destaca e que consegue engajar a todos a sua volta. <\/p>\n\n\n\n

Esse \u00e9 um caminho para as empresas que desejam plantar a sementinha do prop\u00f3sito. \u201cO primeiro passo \u00e9 identificar as lideran\u00e7as informais, naturais, e traz\u00ea-las para perto. Entre os liderados, preciso saber quem tem esse potencial e puxar essas pessoas para mim. Elas, naturalmente, que tem uma intelig\u00eancia emocional melhor e que conseguem centralizar as aten\u00e7\u00f5es, conseguem replicar entre os demais colaboradores os valores da organiza\u00e7\u00e3o\u201d, argumenta Pumar. <\/p>\n\n\n\n

No passado, o comportamento das lideran\u00e7as n\u00e3o oficiais era uma amea\u00e7a \u00e0s chefias. Mas hoje a figura do chefe foi substitu\u00edda pelo l\u00edder. \u201cO ideal \u00e9 que as lideran\u00e7as formais se transformem em lideran\u00e7as naturais e construam uma rela\u00e7\u00e3o de confian\u00e7a com seus subordinados. Tirar o foco do egocentrismo e fazer um trabalho conjunto para a organiza\u00e7\u00e3o \u00e9 o segredo para alcan\u00e7ar bons resultados. Hoje n\u00e3o h\u00e1 mais espa\u00e7o para os l\u00edderes que t\u00eam medo de conviver com algu\u00e9m melhor que ele na equipe. E se esse sentimento existir, \u00e9 necess\u00e1rio enxergar a parte submersa do iceberg. Se a gente mergulhar um pouco mais: por que as pessoas t\u00eam receio de perder o cargo? Quando mergulhamos nos porqu\u00eas, conseguimos estabelecer uma rela\u00e7\u00e3o de confian\u00e7a e colocar o holofote no outro.  Ou voc\u00ea traz as pessoas competentes para o seu lado ou cria oponentes dentro da pr\u00f3pria equipe\u201d, justifica o professor associado da FDC. <\/p>\n\n\n\n

Desculpa ou resultado? <\/strong><\/p>\n\n\n\n

Nas reuni\u00f5es sempre \u00e9 poss\u00edvel perceber dois comportamentos: aquelas que se justificam e aqueles que apresentam resultados substanciais. \u201cN\u00e3o podemos ficar trabalhando, dirigindo o carro, olhando s\u00f3 para o retrovisor. Abandonar a pr\u00e1tica das desculpas e buscar os resultados \u00e9 primordial. Focar mais neles do que nas desculpas, abandonar a pr\u00e1tica dos problemas e focar nas solu\u00e7\u00f5es. E a\u00ed amigo? Como vai ser na pr\u00f3xima reuni\u00e3o: desculpa ou resultado?\u201d, finaliza Mauro Pumar. <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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